segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Incontestavelmente o maior da PB!



2012 + 1. Por uma infeliz coincidência, o ano remetia ao nosso maior rival.Mas podemos dizer que o ano foi do Botafogo F.C. Campeão estadual, e agora, o primeiro e único time paraibano campeão do Brasil!!!! O título veio após a vitória sobre o Juventude, tradicional clube do Sul do país.

A festa estava pronta. 20 mil torcedores empurrando a equipe no estádio. Com direito até a mosaico. O retrospecto em casa era de 5 vitórias e 1 empate. Quase todas por 2 gols de diferença.

Nas oitavas, logo após a batalha contra o Central, o treinador adversário declarava: “o Botafogo é o melhor time do campeonato”. Dito e feito! O melhor time do campeonato fechou o ano com a taça nas mãos. Ela chegou na quarta-feira na capital pra nunca mais sair daqui. Nunca mais!!! Ninguém irá roubá-la!

O jogo foi muito nervoso. O Belo entrou em campo com o mesmo espírito contra o Central, partindo pra cima. O gol saiu aos 20 minutos. Mário, mais uma vez iluminado, cabeceou pro fundo das redes. Pra mim, é o verdadeiro dono da camisa 3. Após isto, o time novamente recuou. E o sofrimento só começava... Foi assim até o fim do primeiro tempo. E continuou no segundo. Felizmente a zaga estava bem. Mário e André Lima passavam segurança. O tempo passava, parecia uma eternidade. A apreensão aumentava. Um gol do adversário nos obrigaria a marcar novamente. .. E a arbitragem, tendenciosa, irritava ainda mais a massa alvinegra. Na súmula consta 5 cartões amarelos para a nossa equipe e nenhum para a do Juventude. Faltas invertidas, cartões amarelos não aplicados... Não foi a primeira vez que isso aconteceu esse ano. Vencemos também a arbitragem.

O cronômetro marcava 46 minutos. Pressão do time do Sul, a zaga afasta a bola pra longe, e Warley toca pra Rafael Aidar, ex-jogador do clube gaúcho, que sai detrás do meio do campo e corre uns 30 metros até invadir a área e marcar o gol do título, lá no ângulo, indefensável! Loucura! Quase o Almeidão foi abaixo! A consagração máxima de uma equipe e de um clube que estava há 10 anos sem títulos. Voltamos, de maneira maiúscula, conquistando um título inédito para o estado. O Botafogo, além de 26 vezes campeão paraibano, é campeão BRASILEIRO!

Parabéns a toda a diretoria pelo excelente trabalho. E parabéns a nós, torcedores. Onde quer que o Belo estivesse, nós estávamos lá. Caruaru nunca viu invasão como aquela. O Presidente Vargas autêntico de Fortaleza estava tomado por nós, a 700 km de distância.

Lenílson, Rafael Aidar e outros escreveram seu nome na história do Belo. Warley, Ferreira, Genivaldo, Rémerson, Edgard, Izaías, Doda e outros só aumentaram ainda mais seu nome nela. E Marcelo Vilar... Grande cara, grande caráter. Sempre muito tranquilo no vestiário, não importa se é o primeiro jogo em um campeonato ou a final. Sempre está ali para descontrair o clima. Parabéns também aos demais membros da comissão técnica por todo o trabalho competente mostrado ao longo do ano.

Agora, vamos tratar de renovar com Vilar e manter a base para o próximo ano. Temos uma vaga na série B a conquistar, lutar pela Copa do Nordeste e ir longe na Copa do Brasil. Quanto ao Paraibano, demoraremos um pouco a estrear, mas estaremos muito fortes na luta pelo bi.

2012 + 1 foi o ano da redenção. O ano em que o gigante despertou. Furioso, e já traça objetivos maiores para o futuro. O Belo é campeão do Brasil!


Para se ter uma ideia da grandeza do título conquistado ontem, só outros 5 clubes do Nordeste já foram campeões nacionais: ABC, Bahia, Guarany de Sobral, Sampaio Corrêa e Sport. Nem outros clubes tradicionais da região como Vitória, Náutico, Santa Cruz e Fortaleza tiveram esse privilégio. Em janeiro teremos a Copa do Nordeste, valendo vaga na Sulamericana, competição continental. O Belo estará lá, lutando forte pela taça. Certamente seremos um adversário de respeito para os outros. 

Ontem, o futebol da Paraíba viveu o mais BELO dia da sua centenária história! Que venham mais conquistas e o acesso à série B! Eu acredito!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Pra ficar na história



Está chegando o grande dia. O maior dia que o futebol da Paraíba já viveu. O maior dos seus representantes irá jogar uma final nacional contra um adversário com uma bonita história no cenário nacional e digno de respeito. No próximo domingo, mais de 20 mil aficionados estarão empurrando o Belo rumo a esta conquista nesta. Entre os jogadores, há o maior clima de otimismo possível.

Boas notícias vieram ao redor desta semana decisiva. O lado sol, inutilizado por todo o campeonato, voltou a estar apto para receber torcedores, e Doda conseguira um efeito suspensivo para jogar a final. Considerado a “sombra” de Lenilson, sempre entra bem nos jogos e pode ser fator decisivo no jogo, assim como Warley deverá ser se entrar. Marcel está suspenso pelo 3º cartão amarelo e deve jogar o uruguaio Mário Larramendi, que é um cara seguro e ainda faz gols, o que não é a função de um zagueiro.

Nos faltou sorte no jogo de ida lá no Sul. Bolas na trave, chutes “espíritas” indo parar dentro da meta. Um ponto positivo foi a surpresa dos radialistas da Rádio Caxias com o nível do futebol do Botafogo F.C. Irão se surpreender também com a festa que a massa fará no estádio.

É inegável a importância desta durante todo o campeonato. Claramente o 12º jogador, ela empurrou o time rumo a classificação histórica contra o Central e à virada contra o Tiradentes. Sem falar nos vídeos motivadores pra equipe que foram dignamente produzidos. Esta tem que fazer pressão desde o início do jogo. O Juventude é um time jovem, tem que sentir a pressão de jogar uma final, podem ficar nervosos e esse papel caberá à torcida.

O valor deste título será imenso. A Paraíba será vista com mais cuidado no cenário nacional. Quanto ao Belo, será única, e ainda mais incontestavelmente o maior time de futebol da Paraíba. Já tem mais de 10 estaduais de vantagem para o segundo colocado, e um título nacional seria apenas a cereja do bolo. Uma década difícil, que ficou pra trás e que não volte nunca mais. Navegamos em águas calmas agora. E a terra à vista que se aproxima parece ser fascinante. Vamos explorá-la então. VAMOS RUMO AO TÍTULO! EU ACREDITO!

"Não confunda derrotas com fracasso nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.”

sábado, 19 de outubro de 2013

Hora de conquistar o Brasil!



Duas semanas após derrotar o Salgueiro no Almeidão e fazer história como o primeiro time paraibano numa final nacional, o maior da Paraíba enfim conheceu o seu adversário da final: o Juventude de Caxias do Sul. Adversário tradicional, ficou muitos anos na elite do Brasileirão, campeão da Copa do Brasil 1999 e com participação em Libertadores da América. Chegou a hora dos gaúchos conhecerem “o matador de tricampeões.”

O adversário chega a final após eliminar o Tupi. Desde que conseguiu o acesso, o time do Sul já se desfez de vários jogadores da equipe, mas mesmo assim merece respeito, afinal está na decisão e mesmo sem os jogadores que foram negociados golearam o time mineiro no jogo de ida.

O primeiro jogo da final está marcado para o próximo domingo, em Canoas. O jogo não será no Alfredo Jaconi, em Caxias, pois o Papo perdeu 2 mandos de campo devido a invasão em campo por parte da torcida no jogo contra o Metropolitano, pelas oitavas. Provavelmente, será em Canoas, no estádio do Ulbra, que tem capacidade para 10 mil, a mínima exigida para a decisão. Para os torcedores que quiserem acompanhar o Belo por lá, não sairá barato.

Vamos torcer para que o período de inatividade não comprometa o desempenho da equipe. Lenilson, de contrato renovado, está recuperado, e todos os jogadores estarão à disposição do treinador Marcelo Vilar. Um empate lá no Sul estará muito bom.

Quanto ao jogo de volta, dia 3 no Almeidão, no que tudo indica, o lado sol será liberado. Assim, a capacidade total deverá subir para em torno de 25 mil, ainda longe dos 45 mil originais do passado, mas o suficiente para transformar o estádio num caldeirão e empurrar o campeão paraibano pra cima dos visitantes.

Não precisa nem falar a importância de um título nacional para o clube e a Paraíba. Faríamos inveja aos rivais, e seríamos um adversário respeitadíssimo na série C ano que vem. E serviria para coroar de vez o ótimo trabalho da diretoria esse ano, o esforço dos jogadores, do treinador, enfim de todos que se comprometem com o Belo. Sem falar de uma participação na festa da CBF no fim do ano...


Será uma longa semana... Que o longo tempo parado tenha sido suficiente para corrigirem pequenos detalhes que ainda faltam melhorar no time... Devemos respeitar o adversário, mas jamais deixando de ir pra cima... É hora de conquistar o Brasil! Vamos ser campeão Belo!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Para coroar o ano



Meus amigos, o maior da Paraíba venceu o Salgueiro no sertão pernambucano por 2 x 1, tirando uma invencibilidade de 14 jogos em casa do adversário. Nem clubes da série A como Criciúma e Internacional conseguiram tal feito, pela Copa do Brasil. O resultado nos deixou muito próximos da primeira final nacional de um time paraibano na história. Pro jogo de volta, a humildade será muito importante.

Vejo alguns torcedores já colocando o time na decisão. Claramente ainda faltam 90 minutos, temos que jogar um jogo de cada vez, com os pés no chão. Minha confiança na equipe está altíssima, e pelo nosso retrospecto no Almeidão estamos muito pertos, mesmo. E a torcida fará sua parte para que o último objetivo do ano seja alcançado. Mas Vilar não deixará o oba-oba prevalecer.

Ficamos no aguardo da liberação de parte da arquibancada sol pelo MP. Caso isso ocorra, a capacidade deve aumentar em 5 mil lugares. Quanto mais torcida no próximo domingo, melhor. Que na possível final já seja possível liberar todo o outro lado do Almeidão.

O Juventude está aguardando seu adversário na semifinal. Se este for nosso adversário na final, decidiremos em casa. Tupi x Mixto, pelo último confronto das quartas, se enfrentaram ontem, e o jogo terminou em 1 x 1. O time mineiro tem 24 pontos somando a 1ª e 2ª fase. Pra garantirmos o jogo de volta da final aqui, o time de Juiz de Fora só precisa empatar mais 1, e o Belo, que está com 29, basta vencer o Salgueiro domingo. Caso o adversário seja o time de Mato Grosso, o jogo de volta também será no Almeidão. E que uma emissora local se comprometa a transmitir os 2 jogos, pra ontem!

Vitória realmente maiúscula a do último domingo. Sem Lenílson, sem Rafael Aidar, driblamos o calor do sertão pernambucano, uma péssima arbitragem e vencemos. Remerson, seríssimo candidato a ídolo ao lado de Genivaldo, fez grandes defesas novamente. A zaga se afobou num único lance, o suficiente pro adversário marcar. Precisamos de reforço neste setor para a série C. Mas, deixemos esta para o próximo ano. 2012 + 1 ainda não acabou para nós.

Marcelo Vilar terá a volta de Lenilson e Aidar para o jogo de domingo. A torcida estará lá fazendo sua parte. O casamento com o time está muito bem. A prova disso está na grande festa que foi a comemoração dos 82 anos do clube na semana passada. Segunda-feira já teremos outro capítulo a acrescentar na bela e gloriosa história do Alvinegro da estrela vermelha.

É hora de coroar o ano. Um ano histórico para o clube, que começou lá em janeiro, no estadual, com aquele gol de Edgard no último minuto, e cuja campanha foi coroada naquele 3 x 0 histórico na Galinha em Campina, onde o mesmo Edgard sofreu o pênalti no fim. Agora é hora de coroar o ano de uma vez por todas com o maior dos títulos que podemos almejar. E começar a alçar voos maiores Brasil afora.


RUMO AO TÍTULO!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Faltam 90 minutos!


Meus amigos, neste ano de 2012+1, o Botafogo Futebol Clube já passou por todos os tipos de situações possíveis dentro de campo. E cá estamos nós, a 90 minutos da classificação para a série C. Ontem, como não poderia deixar de ser, tivemos outro jogo dramático no Almeidão. Com o lado sol interditado, o jeito foi lotar apenas a outra metade, e mesmo assim tivemos o maior público do campeonato, com mais de 10 mil torcedores. 

Uma semana após o jogo histórico contra o Central, o time entrou em campo e a torcida fez bonita festa na arquibancada. Cantava “eu acredito” outra vez. O adversário era o melhor time da fase de grupos da competição. Tudo indicava que não teríamos vida fácil. E, de fato, não tivemos.

No time, tivemos o retorno de André Lima após cumprir suspensão por cartão vermelho. Lenílson, que era dúvida, esteve em campo, mas não rendeu o esperado.

Na semana passada, pude assistir Tiradentes x Sergipe. Vi que o time cearense era veloz, porém de estatura baixa, tornando a bola aérea a principal arma do adversário. E não foi diferente nesta noite de segunda-feira.
Saímos atrás graças a mais uma bobeada da zaga e do lateral Ferreira. Péssima partida deste último ontem, que foi corretamente substituído no 2º tempo. Não começamos bem, mas com o decorrer da partida fomos melhorando, e como sempre, perdendo chances claras. Chegamos a carimbar o travessão. Merecíamos ter ido para o vestiário ao menos com um empate.

No segundo tempo, foi a vez do artilheiro do estadual Warley entrar. Após 4 meses sem marcar, só precisou de 4 minutos para levar o jejum por água abaixo. Depois do empate, foi pressão sem fim. O próprio W20 acertou a trave logo depois. Mais tarde, outra bola na trave, e OUTRA! O Tiradentes contava com a sorte, a agarrava, abraçava, beijava. A virada teimava em não sair.

Só aos 32 minutos do 2º, após cobrança de falta de Pio, Warley, novamente, virou o jogo, para delírio da torcida.

Após isto, o placar não mudou mais. Vantagem perigosa, que requer perigo dobrado no jogo de volta domingo em Fortaleza. Um ponto positivo é que o goleiro adversário, que fez grandes defesas, está suspenso pelo 3º amarelo. Outro: o Tiradentes não tem torcida, então podemos invadir a capital cearense e incentivar à vontade que o time se sentirá em casa. O time adversário ainda não sofreu gols no PV. Chegou a hora! Virão pra cima, pois precisam da vitória. É saber aproveitar uma possível impaciência e desorganização do adversário, pois não estão acostumados a jogar "saindo pro jogo", e sim no erro do adversário, e tentar matar já no 1º tempo. Se for possível, gostaria de dispensar grandes emoções desta vez.

O mais belo e glorioso, no embalo do matador sinistro, viajará mais de 500 km em busca da vaga na série C(no campo!). Que a torcida invada, como fez em Caruaru.

Chegou a hora do jogo mais importante dos últimos 10 anos. Eu acredito! VAMOS SUBIR BELO!
C  

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Imortal


Meus amigos, os mais de 10 mil torcedores que viveram a epopeia alvinegra neste domingo jamais esquecerão este 08/09/2013. É um dia pra ficar marcado na história do Botafogo Futebol Clube. O dia em que o time, quando tudo parecia perdido, ressurgiu, de maneira heroica e impecável nas penalidades, avançou para as quartas-de-final da série D. Agora estamos a 2 jogos do tão sonhado e merecido acesso.

Quem esteve em Caruaru semana passada, na injusta derrota por 3 x 1, como eu e meu caro professor Otto, não poderia ter voltado pra João Pessoa sem a certeza da virada em casa. Vimos o nosso time muito superior a equipe caruaruense, onde tiveram apenas 3 chances de gol e aproveitaram, enquanto nós também marcamos 3, mas só 1 valeu. Detalhe: nosso gol foi de Mário Larramendi... E nossa torcida? A maior invasão da história de Caruaru!

Uma semana se passou. João Pessoa respirava futebol, como há muito não acontecia. Pelos 4 cantos da cidade, só se falava no jogo da volta. O otimismo era grande. Antes do jogo, muitos torcedores foram incentivar o time na preleção no hotel. Segundo Marcelo Vilar, a classificação começou ali... Era só o começo de um grande e longo dia. Um dia para a eternidade!

Finalmente, o relógio marcava 16h. A arquibancada sombra lotada, as cadeiras numeradas com muitos torcedores como não via há muito tempo. E soava o apito inicial... O Belo foi com tudo pra cima do frágil adversário. O time pernambucano prendia o jogo, fazia cera, mais parecia outro alvinegro por aí. Foi quando, após cobrança de escanteio de Lenilson, Pio cabeceou e o goleiro deles entrou com bola e tudo. Gol feio? Feio é não fazer gol...

Não havia nem dado tempo da Patativa sentir o baque. 4 minutos depois, Lenilson, sempre ele, balançava as redes. A torcida explodia, era o gol da classificação... Mas, como este ano as coisas nunca estão 100% fácil pra nós e cada jogo é um teste pra cardíaco, o time mais uma vez voltou acomodado pro 2º tempo, e acabamos por sofrer o gol que nos tiraria do sonho do acesso. Em vez do Almeidão se calar, a torcida passou a cantar ainda mais alto: “EU ACREDITO!”.

Após a saída de Lenílson e Doda por lesão, chegou a vez do uruguaio Mario entrar em campo. Já havia feito o gol salvador em Caruaru. Seria ele o herói outra vez? Pois sim! Quando alguns torcedores pessimistas já começavam a deixar o estádio, o péssimo árbitro enfim resolveu marcar uma falta pra nós... Silêncio total no estádio. Ninguém piscava. Talvez até a Terra tinha parado de girar. Precisávamos do gol. De qualquer jeito. Um trabalho perfeito desde o início do ano não poderia ser interrompido no meio. Nem pelos caprichos do destino. E, eis que, ascendendo aos céus, Super Mario, mais uma vez, usou a cabeça e pôs a redonda no fundo do gol. 3 x 1. O gol salvador. Vem se mostrando uma cara seguro, que sabe sair jogando e não dá chutão, merecendo a titularidade.

Festa total no Almeidão. A torcida nunca deixou de acreditar. Após um pouco mais de emoção, chegou a hora da penalidade máxima. A classificação estava nos pés dos nossos guerreiros e nas mãos de Remerson, que desbancou a camisa 1 do ídolo da galera Genivaldo.

E, um a um, com uma frieza impressionante, com uma aula a muitos times da elite do Brasil de como se cobrar penalidades, os jogadores cobraram 5 pênaltis irretocáveis. A Remerson, um pênalti defendido bastou. O Belo, contra tudo e contra todos, estava classificado para as quartas. O acesso é logo ali. O maior da Paraíba, time mais glorioso do estado, segue causando recalque nos adversários. Não adianta nos secar. O Belo é soberano! Depois deste domingo, somos algo a mais. O Belo é IMORTAL!!!!!!

Sem dúvidas foi o maior jogo da história do Almeidão. Nunca, em quase 30 anos, jamais houve um jogo tão épico, contado em tão perfeitas linhas de dramaticidade, emoção, superação, amor à camisa, amor de torcida ao time, tudo que o futebol é capaz de nos causar. Nervos à flor da pele, obstáculos, adversário, juiz, tudo ficou pra trás. À nossa frente, está a série C. Vamos alcançá-la, falta pouco!

Nosso adversário sai hoje. Se o Tiradentes-CE passar, já jogaremos em casa domingo, no jogo de ida. A torcida mais uma vez tem de mostrar a sua força, e o público deve ser maior que o último para o lado sol ser liberado e a festa ser completa. Caso dê Sergipe, o jogo da volta só será aqui se o Sergipe se classificar com um empate, devido ao regulamento que soma os pontos da fase de grupos e mata-mata. Há uma grande rivalidade entre a nossa equipe e a deles, a sensação de nos classificarmos passando por eles seria parecida com aquela que vivenciamos na final do Paraibano. Todos que não compartilham desta paixão estão quebrando a cara. Que quebrem um pouco mais! O clube “com tantas glórias e tantas vitórias” está a dois passos do paraíso!

P.S. Meus sinceros parabéns a torcida do Central, que aplaudiram a nossa torcida e nosso time, e nós, honradamente, retribuímos.

sábado, 10 de agosto de 2013

Mais um capítulo



Logo mais, as 21h, teremos Nadal desafiando Djokovic por uma vaga na final do Masters do Canadá. Será o 36º confronto entre ambos, o primeiro após a epopeia de quase 5 horas em Paris. Na superfície hard, a vantagem é do sérvio por 11 x 5. A última vitória do espanhol sobre seu adversário no cimento foi no US Open 2010. Vale lembrar que é o primeiro confronto em quadra rápida após aquele duelo titânico na Rod Laver Arena ano passado.

O número 1 do mundo tenta chegar à final e defender seu título. Até aqui, perdeu apenas 1 set, na única partida em que jogou mal, anteontem. Ontem, pelas quartas, contra Gasquet, esteve praticamente impecável, com excelente aproveitamento no saque, e mudando a direção da bola com facilidade.

O novo nº 3 do mundo a partir de segunda-feira chega aqui sem perder sets. Jogando seu primeiro torneio desde a queda precoce em Wimbledon, vem se mostrando muito agressivo, inclusive vale ressaltar que até ontem esteve bem mais próximo à linha de base para receber o saque. Era perceptível que no saibro se posicionava uns 2m atrás desta, adotando uma postura mais defensiva. Acredito que seja essencial para o malorquino também se posicionar mais à frente hoje, porque numa quadra hard, mesmo não sendo a mais rápida do circuito, não é nada bom jogar na defensiva contra alguém como Djokovic. O revés também está eficiente, assim como o saque. Nadal que fique atento num 2º serviço porque todos sabemos o poderio do sérvio nas devoluções.

Como o jogo será à noite, a quadra estará um pouco mais lenta que durante o dia, favorecendo ambos, e as trocas de bola. Deverá ser um jogo, pra variar, de muita luta, raça, e claro, correria. O espanhol aparentemente está recuperado do joelho, inclusive já abandonou as bandagens, e Djokovic estará com vontade de manter sua hegemonia nas hards.

O sérvio, inclusive, ainda tem para defender este ano o vice no US Open e o título do ATP Finals. O espanhol não defende absolutamente NADA até o Australian Open. A briga pelo número 1 será certamente interessante.


Será aquele jogo que todos já conhecemos, e acredito que será decidido em 3 sets. Quanto a palpites, pode ir pra qualquer um.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Crítica de "O homem que ri"




Desde que vi "Nosferatu- Uma sinfonia do horror", de F. W. Murnau, de 1922, fiquei bastante interessado no chamado cinema expressionista alemão. Um cinema mudo, com o uso de frases na tela para simbolizar os diálogos, e no caso de Nosferatu, um jogo espetacular de luzes e sombras, e cenários assustadores, e surreais, para simbolizar os sonhos do ser humano, uma versão distorcida da realidade, como visto em "O gabinete do Dr. Caligari". O longa de 1920 pode ser considerado um marco nos filmes de terror e da história do cinema. Primeiro, pelo já mencionado cenário, e por ser um dos primeiros filmes com uma grande "bomba" no final, o que torna o filme tão surpreendentemente espetacular e simplesmente genial cada detalhe do seu cenário. Conrad Veidt está impecável como Cesare, o sonâmbulo hipnotizado pelo Dr. Caligari, mostrando um lado sombrio do ser humano, e como a loucura está simbolizada em muitos aspectos no decorrer do filme.

Sete anos depois, o mesmo Conrad Veidt está em outro clássico do expressionismo alemão, numa atuação até melhor que a anterior. Baseado no romance de Victor Hugo, Veidt vive Gwynplaine, o filho de um nobre inglês que teria traído o rei James II da Inglaterra. Então, o pai do personagem sofre dolorosa pena devido ao ato, e o filho também acaba pagando pelo delito do seu pai, tendo seu rosto desfigurado num macabro e eterno sorriso.

O garoto, orfão, no meio de uma nevasca, resgata um bebê dos braços da mãe, que havia sucumbido ao frio, e ambos são criados por Ursus.

O tempo passa, e o agora adulto Gwynplaine é um palhaço, e por onde passa todos riem da sua aparência. Ele, de bom coração, se sente muito infeliz com isto, e seus sentimentos estão muito bem expressos nos olhares do ator Conrad Veidt, transmitindo perfeitamente as emoções pelas janelas da alma humana, nos momentos em que, constrangido, cobre sua boca com um pano.

Com o decorrer do filme, percebemos que Dea, o bebê outrora resgatado pelo menino, que é deficiente visual, é a única que realmente enxergará Gwynplaine como ele é, por dentro, a única que enxergará o verdadeiro, aquele de corpo e alma. O filme lida com o preconceito da sociedade em lidar com o diferente. Ou esta tem medo, ou zomba daqueles que não são iguais a maioria. Certamente, esses valores não mudaram até hoje. O filme pode ser compreendido também como uma crítica a aristocracia, a alta sociedade européia existente durante a Idade Média, e durante a Idade Moderna.

Com a direção de Paul Leni, é um filme grandioso, com atuações extraordinárias, cenários muito bem inseridos, e é um filme que eternamente se manterá atual devido aos valores apresentados. Não precisa nem falar que foi este filme que inspirou Bob Kane a criar o personagem Coringa...

Nota: 10

domingo, 30 de junho de 2013

Crítica de "O Homem de Aço"



O ano era 1978. Superman- O Filme estreava nos cinemas. Apesar das limitações tecnológicas, o filme foi uma unanimidade, um dos melhores filmes de super-herói já feito. Christopher Reeve ficou eternizado no papel do herói, assim como Gene Hackman como Lex Luthor, como uma atuação brilhante como o irônico vilão. John Williams, também responsável pela trilha sonora de "Star Wars", "Tubarão", entre outros, deixou sua marca. O roteiro era do genial Mario Puzo, responsável por trazer, com a direção de Francis Ford Coppola a trilogia "O Poderoso Chefão" nos anos 80. Puzo também escreveu o roteiro da sua continuação, que foi um filme tão bom quanto seu antecessor, se não fosse as cenas de humor pastelão tiradas da cabeça do diretor Richard Lester, que dirigiu a pífia sequência deste. Melhor nem falar do quarto filme...

Em 2006, agora dirigido por Bryan Singer, presenciamos "Superman-O Retorno". Ao contrário de muitos, achei um bom filme. Brandon Routh esteve à altura de Christopher Reeve, assim como Kevin Spacey de Gene Hackman, e apesar da longa duração, foi um satisfatório retorno do Homem de Aço aos cinemas.

Um ano antes, Batman Begins estourava nos cinemas. O início da trilogia mais bem sucedida de um super herói nos cinemas foi uma unanimidade, assim como suas duas sequências, duas obras primas. Foi um respiro aliviado da DC Comics, após ver a Marvel no topo com Homem-Aranha 1 e 2.

Em 2012, "Os Vingadores" da Marvel foi um sucesso absoluto. A DC também fecharia a trilogia do Batman com sucesso no mesmo ano. Faltava a última ficha, um filme da Liga da Justiça. E, para isso, resolveram recriar a história do herói kryptoniano. Chamaram Zack Snyder para a cadeira de diretor. Talentossísimo, dirigiu "300'' e Watchmen. O produtor seria Christopher Nolan, o diretor da espetacular trilogia do Batman. O roteiro, de David Goyer, que escreveu o roteiro da trilogia do Homem-Morcego ao lado de Nolan. A trilha sonora desta vez ficaria a cargo de Hans Zimmer, responsável também pela trilha do Batman.

Então, com tudo conspirando a favor, chegou, enfim, o momento de assistir ao filme, com as expectativas estratosféricas. E o resultado pra mim, foi decepcionante...

Zack Snyder, com exceção de três ou quatro cenas isoladas, parece que não teve liberdade para filmar como queria. As cenas de ação que deveriam ser grandiosas, mais pareciam ter o dedo de Michael Bay, tamanha destruição sem fim causando monotonia ao filme e o deixando sem ritmo. Nova York(Metropolis) parece ter sido mais atingida do que no filme "O dia depois de amanhã". 50% da cidade destruída só pra mostrar o poder que Superman e Zod têm e a destruição que poderiam causar? Realmente, um menino de 4ª série acharia interessante colocar isso no seu filminho de escola. Nave alienígena saindo tentáculos e perseguindo o Superman por quilômetros???

Sobre as atuações: Henry Cavill não está mal como Superman. Sim, como Superman, porque o fator Clark Kent é deixado de lado o filme inteiro, só vindo a tona no último ato. Filmar algumas cenas e berrar loucamente na maioria delas é algo que faria bem. Amy Adams não me convenceu muito como Lois Lane. Sua personagem saiu do estereótipo de mocinha indefesa, mas me parece que ele não deu tudo de si na atuação, tal qual Marion Cotillard em Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Então, ela não é aquele par romântico de super herói que criamos uma identificação como Mary Jane no Homem-Aranha. Até com Margot Kidder, a Lois Lane original, criei mais simpatia! E sobre o Zod de Michael Shannon, apesar de ser mais complexo que o Zod do filme de 1981, me pareceu caricatural mesmo assim. O achei um vilão comum, que abusou do privilégio dado pelo Sol a este. Sua obsessão pelo Superman o fez destruir uma cidade inteira. Pobre Nova York que sempre sobra de pano de fundo pra isso! Como se não bastasse, o Zod tem um exército de kryptonianos com naves ultra-avançadas que parecem ter sido ideia de Steven Spielberg.

Russell Crowe está bem como Jor-El, cujo papel já foi de Marlon Brando. O roteiro traz diálogos idênticos ao do filme original de 1978. Sei que pode ter sido uma homenagem, que seria bem-vinda, mas mostra de qualquer forma que faltou inspiração a David Goyer.

A cena final, mostrando aquele lado do Superman que todos queremos ver, dá uma sobrevida a este filme e nos deixa esperançosos que a continuação será melhor.(mas por favor, olha a maneira que ele consegue o emprego!!!!! será que é tão fácil assim exercer esta profissão?)

Superman está de volta. De uma forma não muito convincente. Sobre este filme, será 8 ou 80. Ou você o amará ou o odiará. Infelizmente, tive de ficar com a segunda opção. Zack Snyder e Christopher Nolan certamente podem fazer mais que isso. E espero que se redimam na continuação.

Nota: 5

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Crítica de "Homem de Ferro 3"


No ano de 2008, fomos apresentados pela primeira vez nas telonas a Tony Stark, um gênio, bilionário, playboy e filantropo. Mostrou todo o surgimento do Homem de Ferro, a partir da fuga da sociedade dos "10 anéis", até a construção do Vingador. Destaque para a grande atuação de Robert Downey Jr. que parece ter nascido para o papel, e Jeff Bridges como Obadiah Stane.

Em 2010, veio a continuação. Agora com Mickey Rourke como vilão, o filme tem uma excelente primeira metade, mas a partir do segundo ato, este perde o ritmo, tornando-se monótono e arrastado, até chegarmos ao satisfatório desfecho.

Nesses 5 anos, também foram lançados filmes sobre Thor, Capitão América e Hulk, para preparar a todos para a reunião de alguns heróis da Marvel em "Os Vingadores", que hojem curiosamente, faz 1 ano que estreou nos cinemas.

Pois bem, no primeiro longa da Marvel pós "Vingadores", este peca no mesmo aspecto de seu "anterior": nas piadinhas exageradas, bobas, infantis, dando a entender que o filme é focado para um público desprovido de inteligência. E sobrou logo pra Jon Favreau, que fez um excelente trabalho como diretor no primeiro e segundo filme sobre o Homem de Ferro. Aqui, seu personagem Happy Hoogan, o segurança de Tony, tem uma participação forçadíssima no início do filme, apenas pra passar o tempo, mostrando uma personalidade que não condiz com o personagem nos filmes anteriores. Também há uma cena com Tony que lembra outra ridícula de "Homem-Aranha 3". Por favor, Marvel, será que não é possível essa puxação de saco para o humor pastelão? O filme perde muito devido a isto. Sei que há crianças assistindo, mas não é pra tanto... É devido a um acontecimento com este que o filme segue adiante.

De volta a seus papéis estão Don Cheadle, como o amigo de todas as horas, Cel. James Rhodes, e Gwyneth Paltrow como Pepper Potts, a namorada do herói. Somos apresentados a Ben Kingsley, ator vencedor do Oscar, na pele do vilão Mandarim. Bom, não posso falar do personagem sem soltar spoilers, então só vou dizer que é alguém surpreendente, e quem está esperando um vilão fiel ao dos quadrinhos vai sair frustrado. Guy Pearce vive Aldrich Killian, personagem de importância vital para o longa, e James Badge Dale vive Eric Savin, um garoto, para mostrar a relação entre um garoto e seu ídolo super-herói. Quem conhece bem as HQs vai perceber uma semelhança com um certo vilão numa das cenas iniciais...

O filme foca no lado humano de Tony Stark, e as consequências pós Nova York em sua pessoa, e também na ligação terrorismo-mundo ocidental, com o Mandarim espalhando o pânico por lugares estratégicos, como mostrado nos trailers.

O longa foi roteirizado e escrito por Shane Black, de "Máquina Mortífera",  sendo este apenas o seu segundo trabalho como diretor. O resultado foi satisfatório, apesar de algumas cenas exagerarem na ação e efeitos visuais. Curiosamente, é o 5º filme de Black que se passa no Natal. O roteiro está bom, apesar de ter achado que poderia ter se aprofundado mais no psicológico do personagem principal. Ah, há um furo bem considerável em uma cena importante do filme.

No desenrolar do filme, temos uma reviravolta sensacional, e no final, quando tudo já está explicado, o vilão explica tudo de novo, como se o espectador não fosse capaz de entender tudo perfeitamente bem sem saber os detalhes...

Stan Lee está lá com sua costumeira participação especial.  A cena pós créditos também está lá, mas por mim é bem descartável. O 3D é convertido, e eu recomendaria, sim.

Um vilão aterrorizante, um herói abalado mentalmente, erros e acertos de roteiro, no fim, é o filme que supera o seu antecessor, e um bom final de trilogia para um dos heróis mais conhecidos da Marvel. Thor: O mundo sombrio e Capitão América 2 estão a caminho, é só aguardar!

Nota: 8,5

domingo, 21 de abril de 2013

Destronado


O rei de Mônaco Rafael Nadal caiu. Foram 8 títulos consecutivos, 46 vitórias consecutivas, títulos de 2005 a 2012. Quem o destronou foi o número 1 Novak Djokovic, aquele mesmo que fora facilmente derrotado na final do ano passado. Foi a 3ª vitória do sérvio sobre o espanhol no saibro, em 16 confrontos nesta superfície. Assim, o tenista de Belgrado torna-se o único, junto de Gaston Gaudio, a vencer Rafael Nadal 3 vezes nesta superfície.  Agora, o H2H entre esses dois gigantes do tênis mundial mostra 19 x 15 em favor do tenista de Manacor.

Djokovic começou o jogo furioso. Abriu 5/0, apesar de alguns games chegarem em 30/30, e quando todos pensavam que Nadal ia sofrer o primeiro "pneu" em 7 anos no saibro, o espanhol elevou o nível e diminuiu para 5/2. O tetracampeão na Austrália enfim confirmou em 6/2 após 8 set points desperdiçados.

No segundo set, este seguiu sem quebras até o 5º game, onde Nadal conseguiu a quebra e abriu 4/2. Dois games depois, o tenista de Belgrado empatou em 4/4, e chegamos em 5/5. Neste games, com dois erros de revés, Nadal quebrava o saque do adversário e sacaria pra levar o jogo ao terceiro set. Só que fez seu pior game de saque na partida, onde nenhum primeiro seviço entrou, e o sérvio fez seu tradicional estrago nas devoluções. No tiebreak, foi totalmente dominado e levou um inapelável 7/1. Festa do sérvio, que desta vez comemorou bem mais discretamente do que costuma.

No meu último post, disse que quem vencesse hoje, causaria uma ferida profunda no seu adversário. Pois bem, esta derrota poderá abalar a confiança do espanhol, pois estava acostumado a vencer MC no início da temporada de saibro. Agora, Djokovic mostra que terá chances iguais com o heptacampeão de Roland Garros lá em Paris. Ah, foi apenas a 21ª derrota do número 5 do ranking em mais de 200 partidas no saibro.

Uma estratégia por parte do Djokovic que sempre dá certo desde 2011 é o saque aberto no revés do espanhol,quando da direita pra esquerda. A maioria das bolas neste saques foram lá, e parece que Rafael Nadal ainda não percebeu isto, perdeu alguns pontos importantes assim...

Novak Djokovic, que pôs em dúvida sua participação em Mônaco após se lesionar durante a Davis, volta pra casa(em Mônaco mesmo) com o troféu e o sentimento de revanche da final de 2012. Só acho um pouco estranho todo esse suspense para ver se joga ou não e jogar tão bem até o fim. Todos os méritos pra este que derrotou Nadal no saibro mais lento do circuito e certamente na quadra mais difícil de derrotar o "Rei do Saibro"...

Para Nadal, que acaba de ser destronado, seria bom pular Barcelona e voltar apenas em Roma, já que vem alegando dores nas costas desde a última quinta-feira. Será por isso que o 1º serviço falhou bastante hoje?

O tênis ganhou muito com este jogo hoje. Vimos que Rafael Nadal está aí após tanto tempo longe das quadras, e haverão muitos outros confrontos contra Djokovic por aí... Até o próximo!!!

sábado, 20 de abril de 2013

Feridas profundas


 
Neste domingo, Rafael Nadal e Novak Djokovic se enfrentam na final do Masters 1000 de Monte Carlo. Será uma reedição da final do ano passado, vencida com até certa facilidade pelo espanhol. O primeiro vem em grande fase após longo período afastado do circuito, e ganhou mesmo o Masters de Indian Wells, algo considerado inimaginável pois acabara de retornar e estava há quase 3 anos sem um título na hard. O sérvio, número 1 do mundo, venceu o Australian Open mais uma vez, mas após isso, não foi bem em Indian Wells e Miami. Durante a Copa Davis, sofreu uma lesão que pôs em dúvida sua participação em Monaco. Problema aparentemente contornado, aqui está ele na decisão mais uma vez.


Será o 34º confronto entre ambos. Quem vencer certamente causará uma ferida profunda no adversário. Se o espanhol conquistar um histórico nono título consecutivo, provará e não deixará dúvidas sobre suas chances de vencer Roland Garros mais uma vez, como é sério candidato ao número 1 mais uma vez. Seria a 4ª vitória consecutiva sobre o sérvio, todas estas no saibro, onde nos 3 jogos ano passado perdeu apenas 1 set, na final de Roland Garros. Se o tenista de Belgrado vencer, isso certamente abalaria bastante o mental do espanhol, já que todos os anos vem vencendo Monte Carlo e ganhando confiança para o Major na França. Também demonstraria que é sério candidato ao título em Paris e que Rafael Nadal não terá vida fácil mais uma vez numa eventual final. Precisa nem falar o que o sérvio fez ao espanhol em 2011...


Ambos certamente não estarão 100% fisicamente amanhã. Nadal vem reclamando de dores nas costas, e Djokovic parece estar bem melhor, mas ainda não acredito que esteja no auge da forma física, como o mesmo admitiu. Podemos vê-los um pouco limitados em alguns momentos amanhã, como o tenista de Manacor durante seus serviços, o que poderá obrigá-lo a se desdobrar mais nos games de saque e exigir mais do seu físico. A tática do espanhol deverá ser bom primeiro saque e slice. Quanto ao sérvio, deve aproveitar as brechas, atacar o revés do Nadal com seu saque aberto, e colocar o outro para correr.


O retrospecto no saibro é de 13 x 2 a favor do espanhol. As únicas vitórias do tenista de Belgrado foram em 2011, onde emplacou seis vitórias seguidas em cima do adversário e mais uma na final histórica em Melbourne no ano seguinte. Será a reedição da última final. Nadal defende 1000 pontos, e o sérvio 750. Mais um desafio para a hegemonia do “Rei do Saibro”, que tenta um eneacampeonato histórico. Tem 46 vitórias e apenas 1 derrota no Principado, mas amanhã as chances do sérvio estragar a festa são maiores que no ano passado. A quadra muito lenta, de saibro, ao nível do mar, favorece o jogo do número 5 do ranking. Durante a semana, o sérvio perdeu 1 set a mais que seu adversário, onde precisaram passar por verdadeiros testes ao menos uma vez antes de chegar à decisão.


Para nós, fãs do tênis, que ficamos tanto tempo sem presenciarmos esses dois gigantes do esporte se enfrentando, só teremos a ganhar!

domingo, 17 de março de 2013

"Eu voltei..."






Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar
Eu voltei pr'as coisas
Que eu deixei
Eu voltei!...”
São com os versos acima da música de Roberto Carlos “O portão” que começo a escrever sobre o 3º título de Rafael Nadal em Indian Wells. O espanhol, que voltou mês passado ao circuito depois de 7 meses, levantou o terceiro troféu em quatro torneios disputados neste ano. A história (re)começou a ser contada no Brasil Open, onde sagrou-se bi, e em Acapulco onde foi campeão absoluto. A conquista do ATP brasileiro, foi importantíssima para o espanhol deslanchar na carreira em 2005, e parece que a história está se repetindo.

Nestes 7 longos meses, ouvimos rumores que Nadal voltaria no US Open, o que não se concretizou, rumores que voltaria no Australian Open, que não se concretizou, e até mesmo rumores sobre uma aposentadoria precoce do espanhol. Depois da derrota na final de Viña Del Mar, aquela parecia ser, para os céticos, o início do fim

Após Acapulco, nada mais natural que Nadal parasse por um tempo e voltasse apenas em Monte Carlo, pois o retorno era precoce, e a superfície de cimento seria mais agressiva para seu joelho em recuperação. Até mesmo site chegou a anunciar, erroneamente, que o canhoto espanhol não disputaria o primeiro Masters da temporada. Mas, ele surpreendeu a todos e resolveu arriscar. E foi um tiro certeiro no escuro!

Na estreia, sofreu um pouco no primeiro set, mas jogou bem no segundo e passou. Na terceira rodada, avançou automaticamente por desistência do adversário. Nas oitavas, teve uma parada duríssima contra o valente Ernests Gulbis e precisou de 3 sets pra avançar.

Nas quartas, ocorreu o 29º confronto contra Roger Federer, e pela 19ª vez triunfou, diante de um adversário longe da forma física ideal. Na semi, jogou muito bem contra Tomas Berdych e venceu em sets diretos.

Na grande final, enfrentou Juan Martín Del Potro, que vinha embalado por vitórias consecutivas sobre Murray e Djokovic, inclusive acabando com a série invicta de 22 vitórias do líder do ranking.

Debaixo do forte calor californiano, o tenista de Manacor abriu 3/0 no 1º set, sendo agressivo e o adversário ainda buscando seu melhor jogo. Teve a chance de abrir 4/0, mas foi quebrado após bobear no 40/30, e a partir de então, o argentino ganhou confiança e passou a fazer seu jogo, com direitas poderosas. Mantendo o embalo, empatou o set em 3/3. Passou a subir à rede, bateu com mais força na bola e chegou a uma nova quebra contra o espanhol. No décimo game, fechou em 6/4.

A tática do espanhol era atacar a esquerda do rival. Mas, o momento era do argentino, que abriu 3/1 no segundo set e se encaminhava para o primeiro título de Masters 1000 da carreira. Só que do outro lado da quadra estava Rafael Nadal, vencedor de 11 Grand Slams, 599 vitórias na carreira, sedento pelo título para coroar de vez seu retorno as quadras após a parada forçada. No sexto game, devolveu a quebra, acelerou seu jogo e fechou em 6/3.

No terceiro e decisivo set, o tenista de Tandil, aparentando nervosismo, errou mais, e Nadal, mais inteiro fisicamente, conseguiu uma quebra. No penúltimo game, o argentino ainda salvou bravamente 3 match points até confirmar, mas no game seguinte o número 5 do ranking enfim fechou, se atirou ao chão, e vibrou como se fosse a primeira vez.

Foi o 22º título de Masters 1000 do agora tricampeão de Indian Wells, retomando a liderança e o recorde de torneios deste tipo conquistados. Pra ficar melhor, ainda foi a 600ª vitória na carreira, o que o torna o 20º tenista mais vencedor da história. Também, foi o primeiro título do espanhol numa quadra hard desde Tóquio 2010.

Assim, Nadal, que deverá pular Miami e voltar só em Monte Carlo, ultrapassa David Ferrer, e é o novo número 4 do mundo. Já Del Potro permanece como sétimo melhor do ranking, desperdiçando a chance de ascender a sexta colocação em caso de título.

O fenômeno Rafael Nadal, 26 anos, que tem o outro “fenômeno” Ronaldo como seu ídolo, tal qual o último deu a volta por cima após uma lesão seríssima, mostrou a todos que está, incontestavelmente de volta!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ombro inconveniente




Thomaz Bellucci acaba de perder por 4/6 6/4 6/1 para o número 166 do mundo no ATP de Buenos Aires. Nada animadora a fase do número 1 do Brasil, que foi vaiado em casa semana passada em São Paulo.

O tenista de Tietê vem sofrendo com dores crônicas no ombro desde a pré temporada. Claramente o planejamento não foi bem sucedido, e isso se reflete no seu desempenho nas quadras. Seu treinador Daniel Orsanic revelou que o brasileiro está fazendo um trabalho de correção de postura com seus fisioterapeutas, que esperava que evoluísse na pré-temporada, o que não ocorreu. Para o mesmo, está descartada a hipótese de uma cirurgia.

Estas dores estão interferindo no desempenho do brasileiro, que não consegue ser regular no saque, sendo quebrado diversas vezes, e compromete também sua movimentação em quadra, fazendo assim, jogar abaixo do seu nível habitual. Para ter uma ideia sobre o momento deste, desde o Australian Open 2012, na primeira rodada, que o paulistano não vence uma partida de Grand Slam, e desde outubro, quando perdeu nas quartas para Federer na Basileia, não tem uma boa sequência.  De lá para cá, foram derrotas na estreia no Masters de Paris, derrota na estreia no Challenger Finals, tendo abandonado em seguida, derrota na 3ª rodada em Auckland, derrota na estreia no Australian Open. Só venceu o Guilherme Clezar, top 200, e o Isner este ano, que voltava de contusão e não estava 100%, e o Lukas Lacko na estreia em Auckland. Seu retrospecto esse ano é 3-4.

Ora, se a fase não é boa, se o tratamento de correção de postura não está funcionando, por que não parar um pouco, fazer uma cirurgia e voltar com tudo? Seria a melhor solução do que jogar no sacrifício abaixo do normal, continuar perdendo precocemente, cair no ranking e a confiança do brasileiro, que nunca foi seu grande trunfo, desabar de vez.

ATENÇÃO, ORSANIC!

Como da última vez


O ano era 2005. O espanhol Rafael Nadal, então top 40, e pouco conhecido no circuito, iniciava uma arrancada como poucas antes vistas na ATP. Na Costa do Sauípe, triunfou no Brasil Open daquele ano, no que foi o primeiro de muitos outros títulos que ainda viriam, inclusive seu primeiro RG meses depois, e a consequente chegada à vice liderança do ranking.

Estamos em 2013. Dessa vez, a cidade é outra, São Paulo, mas o mesmo Brasil Open. O agora multicampeão Rafael Nadal disputava apenas o segundo torneio no ano, após 8 meses parado devido a uma lesão que o deixou fora de todo o segundo semestre de 2012. Vinha do vice campeonato em Viña del Mar, e buscava na maior cidade brasileira voltar ao (habitual) caminho dos títulos, e por que não, simbolizar um novo começo em sua carreira.

Polêmicas com superlotação do ginásio, irregularidade nas quadras e reclamações com a bola utilizada à parte por enquanto, o já considerado Rei do Saibro triunfou, empurrado por uma apaixonada torcida brasileira que provavelmente o fez se sentir jogando uma Copa Davis.

A altitude da cidade somado ao fato de ser uma quadra indoor, Nadal teve dificuldades de adaptação a quadra no início do torneio, pois estava em condições muito mais rápidas que a do torneio no Chile que havia disputado na semana anterior.

Por isto, o espanhol teve de superar os adversários, a quadra e o sempre incômodo joelho, vítima da tendinite, que o fez abdicar do torneio de duplas.

Passou com dificuldades que normalmente não teria na maioria dos jogos. Com sua movimentação comprometida e revés, e ainda sem a confiança em dia, poderia ter saído derrotado contra Carlos Berlocq, mas o adversário sucumbiu sacando em 4/5 no 3º set. Contra a zebra Martin Alund, também perdeu set, mas se impôs no último set e chegou a decisão. O mesmo admitiu que nas semis foi quando sentiu mais dores, e neste dia foi realmente quando apresentou seu pior tênis no campeonato.

Então, chegou a grande final. O adversário era David Nalbandian, curiosamente seu parceiro nas duplas, ex top 3 e que tinha 2 vitórias sobre o espanhol em 6 confrontos. Para a alegria dos fãs e para o bem do tênis, foi quando jogou melhor, se movimentou melhor, jogou mais solto, mais agressivo, e isto se refletiu no placar do 1º set: 6/2.

No segundo, o argentino voltou melhor, mais agressivo, e rapidamente abriu 3/0. Mas, Rafael Nadal mostrou por que tem um mental diferenciado, correu atrás, empatou em 3/3, destruindo o adversário mentalmente. Depois disso, Nalbandian cometeu um festival de erros, viu seu adversário vencer mais 3 games seguidos, e conquistar o bicampeonato do Brasil Open.

Sensacional a expressão de Sebastian e Toni Nadal, pai e tio de Rafael, respectivamente. Ambos, que sempre foram contidos nas suas comemorações, desta vez estavam bastante emocionados, assim como o espanhol, refletindo sobre os duros meses que esteve longe dos holofotes, dando mais um grandioso exemplo de superação como poucos. Como em 2005, talvez tenhamos presenciado um novo começo na carreira do espanhol. Foi o 51º título na carreira do heptacampeão de Roland Garros, o 37º no saibro.

O próximo compromisso do atual número 5 do ranking será Acapulco, ATP 500 a partir do dia 25. Lá, teremos a presença de David Ferrer, dentre outros tenistas bem rankeados, e vamos ver até onde o espanhol poderá chegar desta vez. Depois, tem no calendário os Masters de Indian Wells e Miami, disputados em quadras rápidas, o que não seria a melhor opção para este no momento, e acredito que só deverá voltar mesmo em Monaco. O espanhol, apesar de tudo, analisará sua situação após Acapulco.

Sobre as polêmicas do torneio

Provavelmente tivemos ingressos vendidos em quantidade superior ao de assentos existentes no Ginásio do Ibirapuera. O resultado: espectadores sentados nas escadas, até mesmo, lamentavelmente, durante a final, onde desembolsaram cerca de 300 reais para prestigiá-la. Também, tivemos telespectadores invadindo a seção reservada à imprensa. Sobre as condições da quadra, a organização do evento alega que não teve tempo suficiente para "montar" a quadra, já que o Ginásio é usado geralmente para jogos de basquete, vôlei e futsal por exemplo. Bom, que resolvam isto para o próximo ano. Não pude presenciar o torneio ao vivo, mas vi relatos que dentro do ginásio fazia um calor absurdo, outro ponto a se lamentar.  A bola, a princípio, era leve demais, e não favorecia a troca de bolas.

Algo bastante errado, a meu ver, foram as vaias a alguns tenistas. Apesar da torcida brasileira estar corretamente insatisfeita com Thomaz Bellucci, que todos sabemos ser um bom jogador, mas incrivelmente instável no quesito mental, pois venceu um jogaço contra Isner numa hard indoor na Davis, e na outra semana vence apenas 5 games numa partida e é eliminado de forma melancólica jogando no seu país, devemos respeitar todos os tenistas. Em nenhum outro lugar do mundo tenista algum é vaiado, mesmo que seja seu compatriota e perca por 6/0 6/0. Acho que alguns precisam de umas aulas de etiqueta...

Que algo assim não se repita nos grandes eventos esportivos que estão por vir...

Tricampeonato de Bruno Soares

Ao lado de Alexander Peya, o brasileiro conquistou pela 3ª vez o Brasil Open. Este reclamou bastante do fato de ter sido "escanteado" para a Mauro Pinheiro durante toda a semana, mas certamente ter jogado a final na quadra principal fez a grande diferença, com a torcida empurrando bastante a dupla. Foi o 7º título seguido do brasileiro, que comprova sua grande fase, e até o momento mantém o sonho de disputar o ATP Finals em novembro.

Adeus de Ricardo Mello

Ricardo Mello foi por algum tempo o tenista número 1 do Brasil. 3 vezes semifinalista do Brasil Open, sendo derrotado em 2005 por Rafael Nadal em um jogo memorável, pendurou as raquetes após ser derrotado por Martin Alund na primeira rodada. Seu melhor ranking da carreira foi o de número 50, jogando a Copa Davis pelo Brasil em 2005, 2006, 2007 e 2010. Seu único título ATP foi o de Delray Beach, em 2004, tendo vencido também 15 torneios Challengers. Sua melhor participação em um Grand Slam foi no US Open 2004. Aos 32 anos, se aposentou com 146 partidas na carreira, sendo 58 vitórias e 88 derrotas, acumulando mais de 1 milhão de dólares em premiação. VALEU RICARDO!
Rafael Nadal, com 18 anos, levantando seu troféu do Brasil Open 2005, na Costa do Sauípe.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A hora da revanche?


A grande final masculina do Australian Open 2013, neste domingo, às 6:30 de Brasília, será entre Novak Djokovic x Andy Murray, reeditando a final do US Open ano passado e a final do próprio Australian Open de 2011, vencida pelo sérvio em 3 sets. O retrospecto mostra 10 x 7 para Djokovic. Destes 17 confrontos, 14 foram na hard, com 8 vitórias para o sérvio e 6 para o britânico. No saibro, o tenista de Belgrado venceu as duas partidas e na grama o escocês venceu o único embate.

O atual número 1 do mundo é o favorito, pois, apesar de ter perdido a final do US Open 2012 para o próprio Murray, virá mais descansado que seu adversário. Não assisti à semifinal contra Ferrer, mas o placar e as estatísticas mostra que a princípio o sérvio jogou solto, aproveitando do desgaste físico do seu adversário. Este, também, terá um dia a mais de descanso do que o tenista de Dunblane, sem falar que não ficou nem 2 horas em quadra na semifinal.

Quanto a Andy Murray, que admitiu estar cansado após a semi contra Federer, mostrou que virá para brigar por mais um título de Grand Slam e corroborou que é um  jogador em ascensão... Foi extremamente agressivo, disparou 62 winners contra o suíço, e mais de 20 aces. Também, ganhou mais de 48% nos rallys médios(entre 5 e 8 trocas de bola). Esteve com a tática correta, atacar o ponto fraco do rival, seu revés. Tirando a bobeada no quarto set, quando serviu pro jogo, foi quebrado, e acabou perdendo o set no tiebreak que mostrou lampejos do "velho" Murray, aquele mentalmente instável em alguns momentos. No quinto set, sobrou por estar em melhor forma física do que o suíço, nos seus 31 anos. Só está aonde está até agora porque sua técnica e talento são melhores do que a dos outros, mas seu físico deixa a desejar num 5º set, por exemplo. O atual campeão do US Open ficou em quadra por exatas 4 horas na semifinal. Foi a primeira vitória do escocês sobre Federer num Grand Slam, depois de 4 tentativas.

Djokovic, atual bicampeão consecutivo no primeiro Slam da temporada e tricampeão na Austrália, tentará o tetracampeonato com sentimento de revanche para com o escocês, que o derrotou na final em Nova York ano passado em 5 sets. Deverá entrar a mil por hora, impondo seu jogo agressivo e não deixar seu adversário confortável na partida, e caso a partida se estenda mais um pouco, poderá prevalecer seu melhor físico e dia de descanso a mais. Vem vencendo sem sustos no torneio, com exceção das oitavas, em que batalhou durante 5 horas contra Wawrinka. Mas, o susto parece ter feito bem a este, já que aumentou o nível nas duas últimas partidas.

Se der Murray, este poderá se tornar o primeiro a vencer seus dois primeiros Majors de forma consecutiva. Estará na sua sexta final de Slam, e já saiu da "seca", então certamente tirou um peso das costas. Até a semi, não tinha cedido nenhum set. Natural que fizesse uma partida equilibrada contra Federer, e vencer um dos maiores tenistas da história certamente dá um dose extra de confiança. Se quiser, terá que se sair muito bem no saque e ser agressivo novamente.

Como o jogo será a noite, a quadra estará um pouco mais lenta, então acredito que nestas condições, o jogos de ambos os tenistas se equivalem. Com os fatores externos às condições da quadra, o número 1 é favorito.

Sobre o ranking, em caso de título do escocês este pode "colar" no Federer. Ficará a menos de mil pontos neste e poderá lutar pela vice liderança nos Masters americanos. David Ferrer ultrapassará Rafael Nadal e será o novo 4º do ranking.

De um lado, o sérvio brigando pelo seu sexto título de Slam, na sua décima final. Do outro, Murray tentará ser o primeiro britânico desde Fred Perry em 1934 a vencer o Australian Open.

Quanto a palpites, não gosto muito disto, mas como muitos me pediram no último post, diria que dá Djokovic em 5 sets.

Declaração de Murray após a semi contra Federer:

 "Não sei como vai ser jogar outra final desse nível, agora como um campeão de Slam. Quadra dura é a melhor superfície para Novak, então sei o quanto vai ser duro. Espero jogar um pouco mais do que na final do US Open. Claro que ter vencido Novak em uma final de Slam ajuda na parte mental, porém ele continua jogando extremamente bem.Vou descansar o máximo que puder e jogar o mínino no sábado. Sei que vou estar cansado amanhã e que provavelmente não estarei 100% no domingo". Andy Murray 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A dois passos...




Chegamos à última etapa do Australian Open 2013 masculino antes da grande decisão de domingo, às 6:30 de Brasília. Djokovic x Ferrer se enfrentam na manhã desta quinta-feira, e Federer x Murray travarão duelo na manhã desta sexta. Vamos analisar cada uma das partidas separadamente:

Djokovic x Ferrer

Atual bicampeão na Austrália e lutando pelo tri consecutivo, o sérvio é disparadamente o favorito no confronto. Passou por maus bocados contra Stan Wawrinka nas oitavas, e precisou de mais de 5 horas para derrotar o suíço. Quando todos pensavam que o sérvio entraria em ritmo mais lento e que Berdych daria trabalho nas quartas, o tenista de Belgrado deu uma verdadeira aula no primeiro set sendo agressivo ao extremo, e tirando o deslize no início do segundo, mostrou que está firme e forte na luta por mais um título.

Quanto ao espanhol, esteve muito perto da eliminação diante de Nicolas Almagro, seu maior freguês. Viu seu adversário ser superior durante toda a partida, e quando este sacava para fechar em um triplo 6/4, de certa forma o mental foi pro espaço e viu o cabeça 4 buscar uma improvável vitória. Falta a este uma melhor técnica, um melhor saque, mas raça certamente não lhe falta.

No confronto direto, vantagem para o sérvio em 9 x 5. 4 das 5 vitórias do espanhol foram no saibro. A única vitória na hard foi no ATP Finals, então Masters Cup, de 2007.

Para concluir, Djokovic é o favorito porque claramente é mais jogador que o seu adversário, e vem mais descansado que este. O outro, vem de uma virada improvável após estar à beira do abismo e o físico pode pesar para seu lado, já que ficou quase 4 horas em quadra.

Quanto ao ranking, Djokovic já ultrapassou a marca de 60 semanas de soberania. Com o título, deve garantir o topo até abril. Se ficar com o vice, deverá manter ao menos até Miami. Já Ferrer tomará o quarto lugar no ranking de Rafael Nadal, parado desde Wimbledon e que teve presença confirmada em Viña del Mar e Brasil Open(será que dessa vez vai mesmo?)

Federer x Murray

Jogo simplesmente imperdível. Um dos maiores da história, dono de 17 Slams, contra um dos maiores da atualidade. O tetracampeão na Austrália contra um tenista que, até há pouco, era um jogador talentosíssimo, muito capaz de ir bem mais além do que já tinha ido até então, mas que faltava algo a mais para deslanchar de vez, faltava a última peça do quebra-cabeça para este ficar completo. Desde que Ivan Lendl, dono de 8 Slams, e coincidentemente, só venceu seu primeiro Major após 4 vices em torneios desse porte, passou a treiná-lo, virou um jogador muito mais maduro, confiante e determinado. Para mim, o escocês se tornou um tenista completo após absorver duramente a derrota para o próprio Federer em Wimbledon ano passado. A prova disso veio com a revanche maiúscula na Olimpíada, e enfim, seu primeiro Slam em Nova York. Ali, ele deixou de ser aquele passador de bolas... Naquele dia, até Ivan Lendl sorriu...

O H2H aponta vantagem mínima para o escocês, 10 x 9. Desses 19 confrontos, 17 foram na hard, com novamente apenas 1 partida de vantagem para o escocês: 10 x 9. Na grama, uma vitória pra cada lado. Curiosamente, ambos nunca se enfrentaram no saibro. A última partida foi no ATP Finals onde Federer venceu por 2 x 0.

O britânico vem voando no torneio, sem perder sets. Passou o trator por todos os adversários, enquanto Federer só foi testado de verdade hoje nas quartas, contra Tsonga. Este, no jogo de hoje, quando mais precisou, seu backhand, que tanto lhe causou problemas outrora, fez estrago, como naquele Masters Cup de 2006.

Diria que tenista de Dunblane é favorito, pois vem fazendo melhor campanha, apesar da chave tecnicamente mais fácil, e vem muito confiante após o título do US Open. Federer poderá ter sérios problemas caso a partida se estenda e passe das 4 horas, pois seu adversário virá mais descansado, enquanto este, aos 31 anos, passou mais de 3 horas em quadra hoje.

Para vencer, Murray terá de ser bastante agressivo, como foi na final olímpica. Também vem sacando muito bem no torneio. Federer defenderá depender do saque para encurtar os pontos, e caso não esteja num bom dia nesse atributo, poderão vir os erros... Nas trocas de bola, o escocês leva vantagem devido ao físico. Federer, leva vantagem na técnica... Que seja um grande jogo!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lá e de volta outra vez...




O ano era 2005 quando um tal de Rafael Nadal, então com 19 anos de idade, derrubava seu compatriota Alberto Martín, e conquistava o Brasil Open pela primeira vez e conquistava também o primeiro de muitos títulos ATP de sua carreira. Naquele mesmo ano, o jovem espanhol conquistaria o primeiro de sete Roland Garros.

Agora, em 2013, após mais de 10 títulos de Grand Slam conquistados, 21 Masters 1000, e longos 200 dias longe das quadras, Nadal anuncia a volta às quadras logo onde tudo começou...

Que momento que o Brasil vive no cenário internacional... No fim do ano passado estiveram por aqui ninguém menos que Roger Federer, Novak Djokovic, Serena Williams, Maria Sharapova, dentre outros... Sem falar na confirmação de um ATP 500 para o próximo ano e a vinda de Venus Williams para o WTA de Florianópolis.

Para muitos dos fãs do espanhol será um sonho realizado, ver de perto o seu ídolo. Certamente terão muitas histórias pra contar, aqueles que se aventurarem em busca de um autógrafo deste... Imagino como deve ser este cidadão jogando ao vivo. Sua movimentação em quadra certamente deve ser algo fora do comum.

Ficou claro que o tenista número 4 do mundo agora irá priorizar os torneios no saibro, visto que, além de ser sua superfície favorita, causa menos desgaste nos joelhos, que tantou lhe causou problemas durante toda a carreira.

O Brasil Open 2013 será de 11 a 17 de fevereiro. Nadal entrará como cabeça 1, e nesta condição, só estreará na quarta ou na quinta-feira. Vamos ver o que será feito do espanhol após tanto tempo parado...

"Estou contente por voltar a jogar no Brasil. Estou especialmente contente por voltar duas semanas antes do previsto. Isso significa que as coisas estão indo bem", comemora Nadal, em entrevista à emissora espanhola TV3 .

Abaixo, o link da notícia da conquista do Brasil Open 2005 pelo espanhol: 

http://www.tenisnews.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=139