sexta-feira, 26 de abril de 2013

Crítica de "Homem de Ferro 3"


No ano de 2008, fomos apresentados pela primeira vez nas telonas a Tony Stark, um gênio, bilionário, playboy e filantropo. Mostrou todo o surgimento do Homem de Ferro, a partir da fuga da sociedade dos "10 anéis", até a construção do Vingador. Destaque para a grande atuação de Robert Downey Jr. que parece ter nascido para o papel, e Jeff Bridges como Obadiah Stane.

Em 2010, veio a continuação. Agora com Mickey Rourke como vilão, o filme tem uma excelente primeira metade, mas a partir do segundo ato, este perde o ritmo, tornando-se monótono e arrastado, até chegarmos ao satisfatório desfecho.

Nesses 5 anos, também foram lançados filmes sobre Thor, Capitão América e Hulk, para preparar a todos para a reunião de alguns heróis da Marvel em "Os Vingadores", que hojem curiosamente, faz 1 ano que estreou nos cinemas.

Pois bem, no primeiro longa da Marvel pós "Vingadores", este peca no mesmo aspecto de seu "anterior": nas piadinhas exageradas, bobas, infantis, dando a entender que o filme é focado para um público desprovido de inteligência. E sobrou logo pra Jon Favreau, que fez um excelente trabalho como diretor no primeiro e segundo filme sobre o Homem de Ferro. Aqui, seu personagem Happy Hoogan, o segurança de Tony, tem uma participação forçadíssima no início do filme, apenas pra passar o tempo, mostrando uma personalidade que não condiz com o personagem nos filmes anteriores. Também há uma cena com Tony que lembra outra ridícula de "Homem-Aranha 3". Por favor, Marvel, será que não é possível essa puxação de saco para o humor pastelão? O filme perde muito devido a isto. Sei que há crianças assistindo, mas não é pra tanto... É devido a um acontecimento com este que o filme segue adiante.

De volta a seus papéis estão Don Cheadle, como o amigo de todas as horas, Cel. James Rhodes, e Gwyneth Paltrow como Pepper Potts, a namorada do herói. Somos apresentados a Ben Kingsley, ator vencedor do Oscar, na pele do vilão Mandarim. Bom, não posso falar do personagem sem soltar spoilers, então só vou dizer que é alguém surpreendente, e quem está esperando um vilão fiel ao dos quadrinhos vai sair frustrado. Guy Pearce vive Aldrich Killian, personagem de importância vital para o longa, e James Badge Dale vive Eric Savin, um garoto, para mostrar a relação entre um garoto e seu ídolo super-herói. Quem conhece bem as HQs vai perceber uma semelhança com um certo vilão numa das cenas iniciais...

O filme foca no lado humano de Tony Stark, e as consequências pós Nova York em sua pessoa, e também na ligação terrorismo-mundo ocidental, com o Mandarim espalhando o pânico por lugares estratégicos, como mostrado nos trailers.

O longa foi roteirizado e escrito por Shane Black, de "Máquina Mortífera",  sendo este apenas o seu segundo trabalho como diretor. O resultado foi satisfatório, apesar de algumas cenas exagerarem na ação e efeitos visuais. Curiosamente, é o 5º filme de Black que se passa no Natal. O roteiro está bom, apesar de ter achado que poderia ter se aprofundado mais no psicológico do personagem principal. Ah, há um furo bem considerável em uma cena importante do filme.

No desenrolar do filme, temos uma reviravolta sensacional, e no final, quando tudo já está explicado, o vilão explica tudo de novo, como se o espectador não fosse capaz de entender tudo perfeitamente bem sem saber os detalhes...

Stan Lee está lá com sua costumeira participação especial.  A cena pós créditos também está lá, mas por mim é bem descartável. O 3D é convertido, e eu recomendaria, sim.

Um vilão aterrorizante, um herói abalado mentalmente, erros e acertos de roteiro, no fim, é o filme que supera o seu antecessor, e um bom final de trilogia para um dos heróis mais conhecidos da Marvel. Thor: O mundo sombrio e Capitão América 2 estão a caminho, é só aguardar!

Nota: 8,5

domingo, 21 de abril de 2013

Destronado


O rei de Mônaco Rafael Nadal caiu. Foram 8 títulos consecutivos, 46 vitórias consecutivas, títulos de 2005 a 2012. Quem o destronou foi o número 1 Novak Djokovic, aquele mesmo que fora facilmente derrotado na final do ano passado. Foi a 3ª vitória do sérvio sobre o espanhol no saibro, em 16 confrontos nesta superfície. Assim, o tenista de Belgrado torna-se o único, junto de Gaston Gaudio, a vencer Rafael Nadal 3 vezes nesta superfície.  Agora, o H2H entre esses dois gigantes do tênis mundial mostra 19 x 15 em favor do tenista de Manacor.

Djokovic começou o jogo furioso. Abriu 5/0, apesar de alguns games chegarem em 30/30, e quando todos pensavam que Nadal ia sofrer o primeiro "pneu" em 7 anos no saibro, o espanhol elevou o nível e diminuiu para 5/2. O tetracampeão na Austrália enfim confirmou em 6/2 após 8 set points desperdiçados.

No segundo set, este seguiu sem quebras até o 5º game, onde Nadal conseguiu a quebra e abriu 4/2. Dois games depois, o tenista de Belgrado empatou em 4/4, e chegamos em 5/5. Neste games, com dois erros de revés, Nadal quebrava o saque do adversário e sacaria pra levar o jogo ao terceiro set. Só que fez seu pior game de saque na partida, onde nenhum primeiro seviço entrou, e o sérvio fez seu tradicional estrago nas devoluções. No tiebreak, foi totalmente dominado e levou um inapelável 7/1. Festa do sérvio, que desta vez comemorou bem mais discretamente do que costuma.

No meu último post, disse que quem vencesse hoje, causaria uma ferida profunda no seu adversário. Pois bem, esta derrota poderá abalar a confiança do espanhol, pois estava acostumado a vencer MC no início da temporada de saibro. Agora, Djokovic mostra que terá chances iguais com o heptacampeão de Roland Garros lá em Paris. Ah, foi apenas a 21ª derrota do número 5 do ranking em mais de 200 partidas no saibro.

Uma estratégia por parte do Djokovic que sempre dá certo desde 2011 é o saque aberto no revés do espanhol,quando da direita pra esquerda. A maioria das bolas neste saques foram lá, e parece que Rafael Nadal ainda não percebeu isto, perdeu alguns pontos importantes assim...

Novak Djokovic, que pôs em dúvida sua participação em Mônaco após se lesionar durante a Davis, volta pra casa(em Mônaco mesmo) com o troféu e o sentimento de revanche da final de 2012. Só acho um pouco estranho todo esse suspense para ver se joga ou não e jogar tão bem até o fim. Todos os méritos pra este que derrotou Nadal no saibro mais lento do circuito e certamente na quadra mais difícil de derrotar o "Rei do Saibro"...

Para Nadal, que acaba de ser destronado, seria bom pular Barcelona e voltar apenas em Roma, já que vem alegando dores nas costas desde a última quinta-feira. Será por isso que o 1º serviço falhou bastante hoje?

O tênis ganhou muito com este jogo hoje. Vimos que Rafael Nadal está aí após tanto tempo longe das quadras, e haverão muitos outros confrontos contra Djokovic por aí... Até o próximo!!!

sábado, 20 de abril de 2013

Feridas profundas


 
Neste domingo, Rafael Nadal e Novak Djokovic se enfrentam na final do Masters 1000 de Monte Carlo. Será uma reedição da final do ano passado, vencida com até certa facilidade pelo espanhol. O primeiro vem em grande fase após longo período afastado do circuito, e ganhou mesmo o Masters de Indian Wells, algo considerado inimaginável pois acabara de retornar e estava há quase 3 anos sem um título na hard. O sérvio, número 1 do mundo, venceu o Australian Open mais uma vez, mas após isso, não foi bem em Indian Wells e Miami. Durante a Copa Davis, sofreu uma lesão que pôs em dúvida sua participação em Monaco. Problema aparentemente contornado, aqui está ele na decisão mais uma vez.


Será o 34º confronto entre ambos. Quem vencer certamente causará uma ferida profunda no adversário. Se o espanhol conquistar um histórico nono título consecutivo, provará e não deixará dúvidas sobre suas chances de vencer Roland Garros mais uma vez, como é sério candidato ao número 1 mais uma vez. Seria a 4ª vitória consecutiva sobre o sérvio, todas estas no saibro, onde nos 3 jogos ano passado perdeu apenas 1 set, na final de Roland Garros. Se o tenista de Belgrado vencer, isso certamente abalaria bastante o mental do espanhol, já que todos os anos vem vencendo Monte Carlo e ganhando confiança para o Major na França. Também demonstraria que é sério candidato ao título em Paris e que Rafael Nadal não terá vida fácil mais uma vez numa eventual final. Precisa nem falar o que o sérvio fez ao espanhol em 2011...


Ambos certamente não estarão 100% fisicamente amanhã. Nadal vem reclamando de dores nas costas, e Djokovic parece estar bem melhor, mas ainda não acredito que esteja no auge da forma física, como o mesmo admitiu. Podemos vê-los um pouco limitados em alguns momentos amanhã, como o tenista de Manacor durante seus serviços, o que poderá obrigá-lo a se desdobrar mais nos games de saque e exigir mais do seu físico. A tática do espanhol deverá ser bom primeiro saque e slice. Quanto ao sérvio, deve aproveitar as brechas, atacar o revés do Nadal com seu saque aberto, e colocar o outro para correr.


O retrospecto no saibro é de 13 x 2 a favor do espanhol. As únicas vitórias do tenista de Belgrado foram em 2011, onde emplacou seis vitórias seguidas em cima do adversário e mais uma na final histórica em Melbourne no ano seguinte. Será a reedição da última final. Nadal defende 1000 pontos, e o sérvio 750. Mais um desafio para a hegemonia do “Rei do Saibro”, que tenta um eneacampeonato histórico. Tem 46 vitórias e apenas 1 derrota no Principado, mas amanhã as chances do sérvio estragar a festa são maiores que no ano passado. A quadra muito lenta, de saibro, ao nível do mar, favorece o jogo do número 5 do ranking. Durante a semana, o sérvio perdeu 1 set a mais que seu adversário, onde precisaram passar por verdadeiros testes ao menos uma vez antes de chegar à decisão.


Para nós, fãs do tênis, que ficamos tanto tempo sem presenciarmos esses dois gigantes do esporte se enfrentando, só teremos a ganhar!