sexta-feira, 15 de julho de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte- parte 2



Épico, espetacular, fantástico, avassalador, esplendoroso, sensacional... Há infinitas palavras para descrever o último filme do Menino-Que-Sobreviveu. Com David Yates impecável na direção, grandes atuações do trio principal Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson, e destaque aos coadjuvantes Alan Rickman(Snape), Maggie Smith(Minerva) e Ralph Fiennes(Voldemort)e Matthew Lewis(Neville) o filme mostra cenas épicas na batalha final em Hogwarts, a busca final pelas Horcruxes, revelações inesperadas(para aqueles que não leram o livro, e um final que não poderia ser diferente.

Merecem destaque também a fotografia do português Eduardo Serra, e a excelente trilha sonora de Alexandre Desplat, que abre o filme com "Lily's Theme", e fecha com "Hedwig's Theme", ambas trilhas inesquecíveis para os fãs.

O filme começa onde a parte 1 termina, com Voldemort entrando no túmulo de Dumbledore, em seguida vamos a Hogwarts, onde o diretor Snape observa os alunos andando em grupos perfeitamente alinhados, mostrando um lado totalmente fascista do diretor.

De volta as atuações, Ralph Fiennes numa atuação espetacular como Voldemort, que ficará eternizado na história do cinema como o vilão,mostrando um Tom Riddle brutal, sem dó, nem pena dos demais, que só se preocupa com o próprio e que não mede esforços para conseguir o que deseja. Destaque também para Alan Rickman, que merece uma indicação ao Oscar pela atuação como Snape, que mostra alguém que não é o que parece, e que o amor estava acima de tudo para ele, o levando a uma importante escolha, que poderia custar caro no futuro. E a atuação de Maggie Smith, cuja personagem sempre ficou em segundo plano, agora se mostra mais sentimental, imponente e majestosa no que faz.

Durante o filme, vidas são perdidas, revelações são feitas, há momentos de suspense, drama,risos, gargalhadas, traição, surpresa...



Enfim, Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2 certamente entrará na lista dos filmes mais assistidos de todos os tempos, com méritos, e será um filme que jamais será esquecido por aqueles que conviveram e cresceram juntos com Harry Potter...

sábado, 2 de julho de 2011

A oportunidade perfeita




O título do blog certamente poderia se aplicar tanto a Rafael Nadal quanto a Novak Djokovic. Ao primeiro, porque é a oportunidade perfeita de devolver as quatro derrotas sofridas esse ano, e conquistar o tri em Wimbledon. Ao segundo,é ganhar o Grand Slam mais antigo do mundo, que comemora o 125º aniversário, e se consolidar de vez na ponta do ranking, já que, em caso de vitória do espanhol, a distância entre ambos será de apenas 500 pontos, e outros 500 pontos do título de Nadal em Barcelona serão acrescentados ao ranking provavelmente em agosto.


Há diferenças entre o Nadal de Wimbledon e o Nadal de Roland Garros. Na grama, Nadal saca mais forte, joga mais agressivo, até arrisca no saque e voleio. Quanto a Djokovic, ele não possui um jogo tão sólido no fundo da quadra, já que na grama a bola corre mais rápido e quica baixo, então ele tem menos tempo para "armar" os golpes.

Será o terceiro duelo entre Nadal x Djokovic na grama. Nadal venceu os dois anteriores, em Wimbledon 2007, após desistência do sérvio, e na final do ATP 250 de Queen's, em 2008. Esse ano, é o quinto confronto entre os dois, e Djokovic venceu todos até agora. Em Grand Slams, Nadal nunca perdeu para o Djokovic, tendo derrotado o sérvio na final do US Open 2010, três vezes em Roland Garros e uma em Wimbledon.

Quanto ao palpite, arrisco dizer que Nadal vencerá em 5 sets, já que ele já venceu duas vezes em Wimbledon, conhece muito bem esse piso, certamente que devolver as derrotas sofridas esse ano. Quanto a Djokovic, deverá jogar mais alto já que atingiu o topo, mas é a primeira final dele em Wimbledon, e poderá jogar de forma errática.

O raio-X dos dois jogadores no torneio:

Tempo Total em quadra
Djokovic: 13h59min
Nadal: 16h13min

Winners:
Djokovic: 199
Nadal: 245

Erros não forçados:
Djokovic: 99
Nadal: 60

Break Points convertidos:
Djokovic: 30/68
Nadal: 27/55

Sets ganhos e perdidos
Djokovic: 18/3
Nadal: 18/3

Aces
Djokovic: 54
Nadal: 44

Duplas-faltas
Djokovic: 15
Nadal: 6

Histórico entre ambos:

Veja o Raio X e os Resultados entre os dois:

Jogos: 27 - Vitórias de Nadal: 16 - Vitórias de Djokovic: 11
Jogos no Saibro: 11 - Vitórias de Nadal: 9 - Vitórias de Djokovic: 2
Jogos na Rápida: 14 - Vitórias de Nadal: 5 - Vitórias de Djokovic: 9
Jogos na Grama: 2 - Vitórias de Nadal: 2 - Vitórias de Djokovic: 0

Total em Sets: 66 - Nadal: 58 – Djokovic: 28

Sets no Saibro: 28 - Nadal: 21 - Djokovic: 7
Sets na Rápida: 33 - Nadal: 12 - Djokovic: 20
Sets na Grama: 5 - Nadal: 4 - Djokovic: 1

Total em Games: 639 - Nadal: 328 - Djokovic 311

Games no Saibro: 265 - Nadal: 146 - Djokovic: 119
Games na Rápida: 330 - Nadal: 157 - Djokovic: 173
Games na Grama: 46 - Nadal: 27 - Djokovic: 19
Número de Tie-Breaks: Total: 7 - Djokovic: 2 / Nadal: 5

2011 ATP World Tour Masters 1000 Roma (ITA) Saibro Final Djokovic, Novak 6-4, 6-4

2011 ATP World Tour Masters 1000 Madri (ESP) Saibro Final Djokovic, Novak 7-5, 6-4

2011 ATP World Tour Masters 1000 Miami (EUA) Duro Final Djokovic, Novak 4-6, 6-3, 7-6(4)

2011 ATP World Tour Masters 1000 Indian Wells (EUA) Duro Final Djokovic, Novak 4-6, 6-3, 6-2

2010 ATP World Tour Finals Londres (GBR) Duro Fase de Grupos Nadal, Rafael 7-5, 6-2

2010 US Open Nova York (EUA) Duro Final Nadal, Rafael 6-4, 5-7, 6-4, 6-2

2009 ATP World Tour Finals Londres (GBR) Djokovic, Novak 7-6(5), 6-3

2009 ATP World Tour Masters 1000 Paris (FRA) Duro Coberto Semis Djokovic, Novak 6-2, 6-3

2009 ATP World Tour Masters 1000 Cincinnati (EUA) Duro Semis Djokovic, Novak 6-1, 6-4

2009 ATP World Tour Masters 1000 Madri Spain Saibro Semis Nadal, Rafael 3-6, 7-6(5), 7-6(9)

2009 ATP World Tour Masters 1000 Roma (ITA) Saibro Final Nadal, Rafael 7-6(2), 6-2

2009 ATP World Tour Masters 1000 Monte Carlo Mônaco Saibro Final Nadal, Rafael 6-3, 2-6, 6-1

2009 Copa Davis ESP vs. SRB 1ª Rodada (Espanha) Saibro Nadal, Rafael 6-4, 6-4, 6-1

2008 Olimpíadas Pequim (CHN) Duro Semis Nadal, Rafael 6-4, 1-6, 6-4

2008 ATP Masters Series Cincinnati (EUA) Duro Semis Djokovic, Novak 6-1, 7-5

2008 Queen´s Londres (GBR) Grama Final Nadal, Rafael 7-6(6), 7-5

2008 Roland Garros (FRA) Saibro Semis Nadal, Rafael 6-4, 6-2, 7-6(3)

2008 ATP Masters Series Hamburgo (ALE) Saibro Semis 7-5, 2-6, 6-2

2008 ATP Masters Series Indian Wells (EUA) Duro Semis 6-3, 6-2

2007 Tennis Masters Cup Xangai (CHN) Duro Fase de Grupos 6-4, 6-4

2007 ATP Masters Series Montreal (CAN) Duro Semis 7-5, 6-3

2007 Wimbledon Londres (GBR) Grama Semis Nadal, Rafael 3-6, 6-1, 4-1 RET

2007 Roland Garros (FRA) France Saibro Semis Nadal, Rafael 7-5, 6-4, 6-2

2007 ATP Masters Series Roma (ITA) Saibro Quartas Nadal, Rafael 6-2, 6-3

2007 ATP Masters Series Miami (EUA) Duro Quartas Djokovic, Novak 6-3, 6-4

2007 ATP Masters Series Indian Wells (EUA) Duro Final Nadal, Rafael 6-2, 7-5

2006 Roland Garros (FRA) Saibro Quartas Nadal, Rafael 6-4, 6-4 RET

O vigésimo quinto


O inevitável enfim aconteceu. Vindo de uma temporada espetacular em 2011, nesse sábado, dois de julho, Novak Djokovic se tornou o vigésimo quinto tenista a alcançar o topo do ranking mundial.O sérvio toma a liderança de Rafael Nadal, que já estava há mais de 100 semanas na liderança, o sétimo a permanecer por mais tempo nesse posto.

Essa consolação foi bastante merecida, já que Djokovic este ano venceu um ATP 250, um ATP 500, o Australian Open, os Masters 1000 de Indian Wells, Miami, Madri e Roma, além do no ano passado, levar seu país, a Sérvia, à conquista da Copa Davis. Nesse ano, "Nole" venceu Rafael Nadal quatro vezes, Roger Federer três vezes, Andy Murray duas vezes, e conquistou a marca impressionante de 43 vitórias consecutivas, sendo parado por um Federer "das antigas" em Roland Garros. Assim, a chegada ao topo foi adiada, e o sérvio conseguiu ontem, após uma vitória em quatro sets sobre Jo-Wilfried Tsonga.


Novak Djokovic é filho de um ex-jogador de futebol, e para surpresa de seu pai, Srdijan Djokovic, revelou que queria praticar tênis. Seus pais, donos de uma pizzaria, tiveram que permanecer na Sérvia, em 1999, durante o bombardeio da OTAN. Quando a situação amenizou, o pequeno Djokovic foi enviado a Alemanha para aprimorar seu jogo, mesmo com altas despesas e necessitando de empréstimos.

"Ele sempre soube que estaria no topo. Sem arrogância, mas ele trabalhava muito, era profissional desde jovem. Eu com 16 era uma piada. Mas ele fazia tudo certo”, conta Ernests Gulbis, que conviveu com Djokovic na adolescência." Enersts Gulbis sobre Djokovic.

Em 2006, ele começou a parceria com seu treinador até hoje, Marian Vajda, e no mesmo ano, ele venceu seu primeiro campeonato na Holanda. Após isso, o governo sérvio passou a apostar neste como símbolo do renascimento do país. Em 2008, conquistou seu primeiro Grand Slam, o Aberto da Austrália, fazendo um pronunciamento para 150 mil, afirmando que "Kosovo é a Sérvia".

Mas ele permanecera por mais dois anos a sombra de Rafael Nadal e Roger Federer, e em 2010, ele descobriu ser alérgico a glúten. Parece até irônico, já que ele foi criado em um restaurante de massas, e não estava acostumado a uma dieta sem esse tipo de alimento.

Agora, em 2011, se tornou o primeiro sérvio a chegar ao topo do ranking, e o primeiro sérvio a chegar na final de Wimbledon. O sérvio busca seu 3º Slam, e o jogo será contra Rafael Nadal, atual campeão e que busca o 11º Slam. O jogão promete, mas isso é assunto para outro post...