A
expectativa para o 33º “Fedal” era alta. O suíço em grande
forma, tinha vencido com autoridade Tsonga e Murray e parece em forma
bem melhor do que no ano passado. O espanhol, que vinha de título em
Doha, mas que nas duas últimas partidas jogou mal devido a uma bolha
na mão Para alguns, isto aumentaria as chances do suíço vencer,
inclusive me deixou pessimista sobre as chances do líder do ranking.
A
Federação Espanhola de Tênis agiu e levou à Austrália uma
máquina que acelerasse o tratamento da bolha na mão do Nadal. A
melhora foi bem considerável, jogou sem a proteção e apenas com um
curativo. O suíço dizia estar confiante e com gás novamente para
chegar nas bolas. Mas, o que vimos hoje foi mais do mesmo...
Com
a evolução no tratamento da bolha, Nadal conseguiu sacar mais
forte, jogar a bola mais funda e deixar Federer fora da sua zona de
conforto. E não custa lembrar do “bloqueio mental” que o suíço
tem contra o espanhol, pois novamente insistiu nas trocas de bola e
subidas em horas erradas à rede e o resultado foi, novamente, muitos
erros de revés do suíço e passadas certeiras do espanhol. Após
salvar alguns break points, o jogo seguia quando o suíço errou um
forehand fácil no 6/5 e 30-30 com Nadal no saque, não ficou difícil
prever no que viria no tie break a seguir: o suíço sentiria o
momento e Nadal levaria o set, e foi o que aconteceu.
Nos
sets seguintes, como no primeiro set, Federer salvou alguns break
points até enfim ser quebrado e aí, o número 1 do mundo tomou
conta do jogo, fechou em 6/3, e sem grandes sustos, repetiu o placar
na terceira parcial e avançou à 19ª final de Slam na carreira.
Um
tem golpes “plásticos”. O outro, sobra raça. É aquele clássico
de estilos diversos que nos acostumamos a ver, há 10 anos. Nadal
consolida sua supremacia sobre o “maior da história”, título
este que poderia ser contestado de um certo ponto de vista, pois o
H2H é de 23 x 10 para Nadal, com 13 x 2 no saibro e 9 x 6 no
sintético.
E
para aqueles fãs mais radicais do tênis, é inegável que Rafael
Nadal é um exemplo para todos nós. Nos ensina que você pode não
ser o melhor de todos, mas que deve acreditar na sua capacidade, ter
auto-confiança, e quando isso está em dia não há limites nem
adversidades que o impeça de atingir seus objetivos. Já nos deu
vários exemplos de superação em toda sua carreira, e já tem o seu
lugar garantido entre as lendas do tênis e do esporte. Federer,
outro grande exemplo de vencedor, mas que foi superado por um
adversário não mais talentoso, mas digamos mais competente
estrategicamente.
Domingo
tem a final contra Stanislas Wawrinka. O suíço na sua primeira
final de Major, nunca venceu Nadal nem sequer tirou sets. Mas vem de
uma evolução impressionante desde o ano passado, e se o mental não
atrapalhar teremos um grande jogo. Nadal luta pelo 14º Slam e
igualar Pete Sampras em número de títulos de Slam. Com a melhora da
bolha, deverá chegar a final ainda melhor da mão e propenso a jogar
num nível ainda mais alto. O favoritismo do número 1 do mundo é
inegável. O Touro Indomável contra o valente Stan, a partir de
segunda o número 1 da Suíça. A final será domingo,
provavelmente às 6:30 de Brasília. Até lá.
Acho que wawrinKa nao segurará o emocional, são muitas coisas a vencer. Tirar um set de rafa, tirar dois sets de rafa, tirar 3 sets de rafa? Oh GOD, é muito. É jogar uma final de GS, são muitas parcelas, para uma mesma conta...
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